Promovido pela BASE-FUT teve lugar no passado fim de semana na cidade do Porto o FORUM DE JOVENS tendo como tema « O associativismo como escola de vida».Segundo informação de alguns participantes o debate decorreu de forma viva e profunda e com alto grau de participação. Os desafios do associativismo a nível nacional e internacional, o papel que tem na sociedade e os valores que defende foram alguns dos temas abordados.
Algumas questões e opiniões:
· O que motiva os jovens para a participação associativa?
· O associativismo pode ser feito nas escolas, estimulando a participação.
· A participação associativa está ligada a princípios, valores e projectos comuns. A participação associativa inicia num pequeno grupo que tem um gosto e por influência familiar.
· Será que autarquias fazem concorrência às associações? Que trabalho em rede se efectua?
· O trabalho em rede faz-se compartilhando experiências e projectos. Em geral, os portugueses são pouco cooperativos e as associações estão ainda viradas para dentro. A dificuldade da cooperação é antiga, mas em pequenas acções vamos no sentido certo.
· Que impacto o pensar internacional nas plataformas passa efectivamente para a maioria das associações locais e associados que operacionalizam as acções?
· É um caminho a percorrer. As associações locais devem criar parcerias com associações a nível internacional. Ao nível europeu, o estatuto das associações foi-se implementando e obteve-se algumas conquistas.
· Será que as empresas valorizam no currículo o voluntariado realizado nas associações?
· Existe o delegado sindical; de que forma pode-se criar e regulamentar o papel do delegado cooperativo?
· O papel do dirigente associativo (local, nacional ou internacional) tem que ser credibilizado, reforçado e valorizado. Hoje, já no processo de recrutamento há um número significativo de empresas que valorizam a experiencia associativa. Temos que apelar à responsabilidade social das empresas. O papel do dirigente associativo já está regulamentado ao nível do serviço público e permite que este trabalhe para o bem comum, possibilitando um número de horas a favor do trabalho associativo.
· Existem associações diversas que não tem uma boa imagem junto da população geral, de que forma podemos mudar isso?
· Não podemos generalizar os maus exemplos do associativismo, temos que o credibilizar.
· Associativismo é uma forma de enriquecimento pessoal. E há também por esse mundo fora associações que não defendem princípios democráticos. As associações devem ser também escolas de vida e que respeitem a dignidade humana.
· Sabe-se que as associações trabalham melhor em parceria, porque é tão difícil isso acontecer?
· As associações trabalham de acordo com a mentalidade actual, podemos fazer o nosso mundo e trabalhar cooperativamente. Dentro das próprias associações há associados que somente participam pontualmente. Mas os dirigentes das associações têm que estimular a participação.
· Os jovens deviam ter um papel mais importante nas associações, não são assim tantos jovens que estão acordados para o movimento associativo. As associações devem estar na rede como ex. facebook. Muitos jovens vivem na sociedade capitalista, estudando e tendo emprego somente. As associações devem arranjar formas de chegar até eles.
· Motivar de forma personalizada para o associativismo é fundamental e necessário.
· Com a evolução económica do país, entre associações vamos futuramente ter de cooperar, congregar esforços e objectivos para manter a sobrevivência.
· As novas tecnologias são uma mais valia como meio de informação e comunicação para as associações.
· Temos que espevitar consciência cívica dos cidadãos e consequentemente aumentará a participação nas associações.
· No relacionamento com o poder, as associações têm que desenvolver capacidade de representação seja formal ou informal.
· As associações têm que se juntar em redes e no que têm em comum.