28 DE MARÇO: MATARAM UM ESTUDANTE! E SE FOSSE SEU FILHO?
Há 44 anos, numa conjuntura em que empresários e militares impunham a Ditadura em nosso país, o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, então com 18 anos de idade, foi assassinado pela Polícia Militar em um confronto no Centro do Rio de Janeiro, mais especificamente no Restaurante Calabouço. Paraense, nascido em Belém, Edson Luís foi o primeiro estudante assassinado pela Ditadura Militar, após a organização de uma passeata relâmpago contra a alta do preço da comida no restaurante. Com receio de que a polícia desaparecesse com o corpo e corajosos, os estudantes carregaram o corpo até a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde foi velado. Homenageando Edson Luís, o dia 28 de março é também considerado o Dia Nacional dos Estudantes. EDSON LUÍS VIVE! Entretanto, não temos elementos para comemorar. Hoje não há militares à frente de uma Ditadura; porém, vivenciamos a tríade composta por Dilma Rousseff/PT, Sérgio Cabral/PMDB e Eduardo Paes/PMDB garantir benefícios à elite e criminalizar a pobreza e os Movimentos Sociais. Os estudantes, que deveriam ter acesso a excelentes condições de ensino, encontram escolas sucateadas. Portanto, estudantes, pais e responsáveis e educadores não vão se calar diante das atrocidades governistas e vão às ruas CONTRA A DESTRUIÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA! O conjunto da sociedade concorda que a Educação pede socorro!
HOJE É DIA DE MARCHA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!
#SOSEDUCAÇÃO O cenário é lamentável no Rio de Janeiro. Faltando aproximadamente um semestre para escolha da sucessão municipal, Eduardo Paes anuncia o benefício-alimentação para os servidores e Sérgio Cabral, a incorporação da gratificação Nova Escola ao vencimento básico (promessa da campanha de seu primeiro mandato, com carta enviada à casa de cada um dos educadores...). Tentativas para nos fazer esquecer os descasos da dupla, com aval da presidente!?
Certamente em vão, pois somos nós que acompanhamos cotidianamente a situação caótica da esmagadora maioria de nossas escolas, com salas superlotadas, que impossibilitam avanços no processo de ensino-aprendizagem; somos nós quem deixamos de ser valorizados com melhores salários e condições de trabalho ao transferirem recursos públicos para instituições privadas, como a Fundação Roberto Marinho, organizarem projetos de aceleração da conclusão dos Ensinos Fundamental e Médio (alunos podendo terminar em 3 anos com aulas ministradas por um único docente e vídeos em vez de 7 anos de estudo, com professores de diversas disciplinas); somos nós que consideramos um crime o governo fechar instituições escolares, dificultando o acesso à Educação aos estudantes que trabalham e ocasionando total desconforto aos colegas que precisam buscar novos locais em duas ou mais escolas para cumprir a carga horária; seremos nós os prejudicados pela aprovação do PL nº 1005 em 2011, componente da Reforma da Previdência de orientações neoliberais promovida por Eduardo Paes; fomos nós quem levamos tiros de balas de borracha e bombas de gás de pimenta da Polícia a mando de Sérgio Cabral na greve de 2009. Não apenas lembraremos tais situações como estaremos nas ruas para denunciar os governantes e organizar os Educadores e os Estudantes para os necessários enfrentamentos!
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
No ano passado, os educadores da rede estadual demonstraram o importante e único caminho que temos a percorrer: a Luta! A mobilizada greve de dois meses e a ocupação da Rua da Ajuda deixaram Sérgio Cabral e Wilson Risolia preocupados, com o Secretário ironizando ao dizer que só havia 240 grevistas.
Para nós, do SINDICALISMO MILITANTE, é tempo de aumentar nossa organização, construindo um caminho coeso, autônomo e independente para defender a Educação Pública, Gratuita e de Qualidade. Não podemos depositar quaisquer esperanças de dias melhores por meio da via institucional, dos vereadores ou deputados, em sua quase totalidade comprometida com a classe dominante! Devemos potencializar um trabalho de base junto à categoria, conquistar o apoio da população e unificar com os demais setores da classe trabalhadora e da juventude, para irmos às ruas e colocarmos Sérgio Cabral e Eduardo Paes ‘contra a parede’!