Profissionais de educação do Estado fazem greve de 48h terça e quarta-feira da semana que vem (8/09 e 9/09)!
Sindicalismo

Profissionais de educação do Estado fazem greve de 48h terça e quarta-feira da semana que vem (8/09 e 9/09)!


Terça-feira (8/09) haverá passeata e Assembleia do movimento que vai derrotar o projeto do governo Cabral/PMDB


Na última quarta-feira, 02/09, o movimento dos profissionais de educação do Estado teve mais um momento importante na definição de seus rumos. Pela manhã, houve uma audiência pública em que representantes da direção do SEPE levaram um estudo detalhado do PL 2474/2009, demonstrando que o governo estadual pretende realizar um corte nos investimentos públicos. Não se trata de “ter responsabilidade com as contas públicas”, como alegam. Nós, do Sindicalismo Militante, entendemos que não há possibilidade de convencimento de parlamentares por meio de explicações fundamentadas realizadas entre um grupo de representantes do SEPE e os membros da ALERJ, pois estes parlamentares se posicionam de acordo com interesses diversos e não têm compromisso com os interesses dos trabalhadores. Portanto, somente a pressão real exercida pelo movimento de professores e funcionários pode conquistar a vitória nesta luta contra o governo Cabral/PMDB.

Houve, à tarde, uma importante Assembleia, que definiu os próximos passos do movimento. A deliberação mais importante foi a aprovação de uma greve de 48h, ou seja, dois dias de paralisação, terça-feira e quarta-feira que vem, dias 8 e 9 de setembro.


Centenas de profissionais de educação comprometidos com a luta contra

o projeto do governo Cabral/PMDB lotaram o auditório do SindJustiça


O Sindicalismo Militante defendeu a greve imediata como forma de responder aos ataques realizados pelo governo Cabral e a ALERJ. Entendemos que terça-feira que vem poderá ser tarde demais para deliberar uma greve. Lutamos e lutaremos para derrotar o projeto do governo Cabral, mas caso este seja aprovado pelo parlamento na terça-feira de forma tão danosa aos professores e funcionários, o conjunto dos profissionais de educação teriam fôlego para iniciar uma greve depois de um golpe de tamanha proporção? A greve imediata seria a grande sinalização ao governo de que estamos dispostos a lutar de maneira persistente pelo plano de carreira e pela imediata incorporação do “Nova Escola”. Além disso, aqueles que estão mais comprometidos com o movimento teriam condições de dedicarem-se ainda mais à mobilização de colegas de trabalho, pais, alunos e a população em geral, passar nas escolas e demonstrar a proporção real que teria a aprovação do projeto de lei nestes moldes para as condições de vida dos profissionais de educação e suas consequências terríveis para a educação pública estadual.

Terça-feira, 08/09, haverá uma grande passeata que se concentrará na Candelária às 12h e irá até a ALERJ. Será necessária, mais uma vez, a presença de todos os professores, funcionários e estudantes que estão comprometidos com a luta contra o projeto do governo Cabral e de todos aqueles que não estão diretamente envolvidos com esta luta e compreendem a sua importância e suas reais proporções históricas em relação a todo o processo de ataques à educação pública.

Após a passeata, os trabalhadores da educação e estudantes se concentrarão em frente à ALERJ para pressionar o posicionamento do parlamento, acompanhar a votação e decidir o que será feito nos próximos momentos do movimento. Para isto, acontecerá uma nova Assembleia, logo após ocorrer o fim da votação do projeto de lei (não há horário pré-estabelecido para isso).

A última Assembleia também aprovou a proposta de realizar um abraço na ALERJ após a chegada da passeata do movimento ao local. A proposta, apresentada pela direção do SEPE, é o oposto do que precisa ser feito para que a luta contra o projeto do governo Cabral se consolide e cresça cada vez mais: denunciar que a ALERJ e seus representantes não defendem os interesses dos trabalhadores e movem-se, em geral, contra nossos interesses. Há poucos dias o governo Cabral e o parlamento aplicaram um golpe no movimento dos profissionais de educação ao anteciparem a votação do projeto de lei para terça-feira passada (01/09), o que acabou adiado por conta da manifestação contrária de centenas de professores, funcionários e estudantes. O conjunto do movimento e sua direção, especialmente, não podem esquecer este fato. A direção do SEPE não pode, implícita ou explicitamente, reforçar a ilusão abstrata e distante de que a Assembleia Legislativa seria “a casa do povo”. Pelo contrário, é preciso fazer o movimento confiar exclusivamente em suas próprias forças, capacidade de organização, consolidação, crescimento e enfrentamento para derrotar o projeto de lei do governo Cabral/PMDB e avançar nas lutas!


Vamos todos à passeata de terça-feira e depois participar da Assembleia que definirá nossos próximos passos!


Continuemos a lutar com garra em defesa de condições de vida dignas para os profissionais de educação e batalhar pela educação pública!


Sindicalismo Militante





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