A ÁGUA É NOSSA!
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A ÁGUA É NOSSA!


Debater o problema “água é nossa”, não é somente falar da sua quantidade, qualidade ou da real
necessidade de fazer poupança, é muito mais do que isso o que a nós diz respeito. Efetivamente estão em causa antigos e imemoriais direitos.
 
Dizem que há direitos legítimos e por isso adquiridos que não nos querem reconhecer como nossos, mas estes são inalienáveis e pertencem-nos desde que nascemos, já são longos os milénios e que devemos às populações nossas antecedentes que construíram muitos reservatórios, fontes, poços, aquedutos.
A água de que se querem apropriar sem o nosso consentimento, não é coisa de ninguém, pertence em primeira mão a todos os cidadãos, é tão nossa como é natural, porque é um bem único e essencial para a existência de todo o ser vivo.

A água é como um fruto selvagem que nasce da natureza, ela é propriedade de todos os seres vivos que dela dependem para todos os usos e fins, não pode ser permitido tornar-se numa mera matéria-prima para o enriquecimento privado de alguns, nem sujeita á pura especulação económica e financeira. Defender a água pública é cada vez mais imperioso e urgente, sobretudo porque provocará o desencadear de conflitos e gerará mau estar.

A demonstração está patente na animosidade trazida para lugares onde antes viviam pacíficos cidadãos, quando foram confrontados perante informações de futuros desvios de água para dar lugar á escala de grandeza necessária, á exploração privada e aos novos preços no sentido de promover os interesses das privatizações. Apostar neste modelo nada resolve, porque ainda se exige, em muitas situações, pagarem-se rendas e subsídios às futuras concessionárias. Este fato é grave porque aumenta o corte dos laços e possibilidades de participação dos cidadãos nas decisões, que devem ser tomadas em coletivo, desmobilizando-os da responsabilidade do uso consciente em proteger a água que deixa estatutariamente de ser pública e verdadeiramente de todos.

Para cada cidadão a água não é só boa para a sua vida doméstica, também dá vida ao seu próprio corpo, por isso entre toda a economia ela está sempre presente. Hoje em dia a água é, cada vez mais, a chave para reduzir e eliminar a pobreza.

É cada vez mais claro que a resolução sustentada de alguns dos maiores problemas ligados á pobreza e ao desemprego está condicionada pelo uso da água.

A água é pois a chave para um desenvolvimento sustentável e equitativo. Mas só haverá este beneficio quando esta se mantiver como matéria-prima de baixo custo, única forma para dar resposta á competitividade em muitos sectores socioprofissionais, especialmente no negócio do lazer na produtividade da agricultura e ainda outras áreas como na produção piscícola ou mesmo na energia. Esta realidade ajudará Portugal a sair do seu atual estado amorfo e desenvolver-se melhor com o aproveitamento desta enorme riqueza que temos.

João Lourenço sindicalista  e dirigente associativo




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